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A Beleza e sua Irrevogável Excepcionalidade

  • Foto do escritor: Eduardo Worschech
    Eduardo Worschech
  • 15 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura


 

Uma insuperável transição subverte para todo o sempre um olhar, um pensar, um apreender. Contornos tangíveis, de exuberância incomparável e de feitos de graça e simpatia; valor supremo expresso apenas num sorriso.


Estratégico espaldar, contraverso proposital; o efeito indireto avassalador imobiliza por atenção, nada mais existe neste campo de visão. De espírito natural e envergadura corporal; silêncio no toque, passos de ninfa por entre os eucaliptos sensíveis; de efêmera duração, estremece as almas de constituição frágil e emotiva, poesia.


Podia-se ouvir ao longe a crepitação deste coração, pulso firme e continuo de exaltação da vida, círculo interminável de paixão. Se assumirmos provisoriamente um só que seja um ponto de fixação de todo este vigor visceral, desbravador e incontrolável; a beleza emerge invariavelmente do espectro do esplendoroso e fulgurante sublime; intuição sensorial imediata, que não pode por magnitude imprimir uma conclusiva impressão, la vie en rose.


Em sua integralidade, cosmos em expansão; Gabriela emerge em sutil constituição, dorso firme, amplitude vertical; de esbelta compleição consegue desestabilizar as órbitas celestes, potente força gravitacional.


Com ela, Gaia sempre está aos seus pés, delicadeza floral e primaveril; a Urano, tua abóboda brilha sempre mais como reflexo de seus olhos. O pensar se pudesse bater, coraria; se pudesse pulsar, amaria.


Brevidade experiencial, extensão territorial; toda a gramatura desta vida in loco, quão difícil para íris controlar o quanto de brilho irradia desta amálgama de onda e horizonte; utopia.


Estrela central de uma constelação, alfa por privilégio e constituição; perfaz toda uma história de comoção e afetos, atributos de uma alma que persevera na existência enquanto potência de existir; fecha-se o ciclo de exuberância, ômega por finalidade.


Até aquele último momento, último suspiro de alento; ao longe se fez perto, não como afago ou abraço, mas confidência de que foi verdade, e que assim existe toda uma estação, calor que precedeu a chuva, a voz de um até logo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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