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Detalhe Sensível, Superfície Emocional

  • Foto do escritor: Eduardo Worschech
    Eduardo Worschech
  • 10 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de jan. de 2023



Não é surpresa nem mistério aquilo que seduz nossos olhares e ânimos na direção de um horizonte sobremaneira idealizado e projetivo.


Dado de antemão, quer queiramos ou não, os filtros pelos quais atravessam nosso sentir e imaginar não são capazes de barrar uma expressão de sublime admiração. Pode-se ter uma ideia de grandeza em sua magnitude, mas não se consegue igualar está ideia com a intuição sensorial imediata.


O efeito no curto prazo se manifesta em êxtase espontâneo, inadequação relacional e um desatilado comportamento subjetivo. A constatação disso advém do encantamento transitório na qual o cobiçado fator é sobrelevado; encorpada vontade de aproximação.


A atração convenientemente acontece no desenlace temporal, quando o frio passa a chegar e o escuro já está ali. Aguarda-se de antemão que nada aconteça, átrio introvertido; assim como seu coração.

Mas a contraparte, que quase nada se sabe, que de maneira cifrada se manifesta, reserva para ti os sentimentos, talvez uma serenidade social ou mesmo uma inconfessa impaciência a envolve.


A espreita está sempre um flerte difuso, confuso ao mero avoado inocente, que se atrapalha com tudo o que provém do plexo emotivo. Não parece haver uma terapêutica concisa que dê ensejo para está trilha sem sinais, nem avisos.


A radicalidade da beleza em todo seu esplendor; esta é a significação profunda da admiração e fragilidade, posto o impacto desconcertante impresso sob a casca fina e soberba em sua magistral imagética, estelar e cintilante brilho de uma grande descoberta, revestida de fantasia e cor.

Sempre um recorte bem feito, afeito a sensibilidade atenta e perspicaz; astuciosidade que se reveste de necessária companhia, sozinha não se prolonga, porquê em ti já se apronta e alimenta; o que faz com que a falta produza aquilo que a satisfação permanente dissolve.


Não há proteção que se consiga diante da hecatombe sentimental de um encontro ritual, não a maneira dos ritos com seus símbolos e formalidades, mas como projeção dos desejos sempre inalcançáveis. Este modo com a qual nos braceamos com o acaso e estabelecemos vínculos inadiáveis, quase impulsivos, mostra uma dinâmica de risco bastante elevada, como se na ponta de um desfiladeiro pudesse haver uma mesa de jantar servida a dois.


Os enlaces variam em número aos desenlaces; assim como o efeito deslizante da brisa do mar varia em gênero em relação a batida pulsante de um coração. A intensidade disto tudo mescla-se com seu contrário; a solidão.


Que bela hora será quando estas duas se encontrar, para exortar tudo aquilo que ficará, como registro do que foi um belo dia de sol.

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Eduardo Worschech

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